André Longobardi -  Opinião


Toda vez que viramos o ano, nossos corações se enchem de esperança por um ano melhor. Isso nunca foi tão evidente quanto agora, afinal o ano que findou foi muito difícil para todos nós, com muitas perdas, tragédias, distanciamentos, "novos normais" e recessão. Mas 2022 começou, é hora de renovar as esperanças e pautar as prioridades. Em Macaé, somos um povo abençoado, os empregos começaram a surgir, os investimentos retornaram a emergir, os empregos começaram a revigorar, só por esses indicadores, já teríamos motivos de comemoração, mas os avanços foram muito maiores. A atuação do poder público possui relação direta com o bem-estar da população, e mesmo diante de muita adversidade, o primeiro ano do governo Welberth Rezende resgatou a autoestima dos macaenses, a esperança em dias melhores, e a dignidade da pessoa humana. Humildade, trabalho e diálogo foram as palavras chaves que marcaram esse início de gestão, que destoam completamente da forma de governar do prefeito anterior, que ficou 8 anos a frente da prefeitura, e diga-se de passagem, não deixou nenhuma saudade ou lembrança boa.


A proximidade com o governo estadual e federal, colocaram Macaé na rota do progresso, além da fácil comunicação com a Câmara de Vereadores, servidores, instituições de classe, e até com municípios vizinhos, tornando Macaé uma cidade melhor, com ambiente favorável para todos nós. 


Para o novo ano, espera-se investimentos em infraestrutura, para reformar os aparelhos públicos sucateados na gestão anterior. Espera-se melhorias nos serviços públicos, sobretudo naqueles que deverão ser licitados e substituídos as empresas contratadas que não correspondem ao interesse coletivo. Espera-se atração de investidores privados e pujança em nossa economia, lastreadas não só pela indústria do petróleo, mas segmentada pela diversidade na cadeia de atividades econômicas. Se por uma lado, temos a vantagem de o primeiro ano de gestão ter conquistado avanços importantes para a população, a desvantagem é que adentramos num ano eleitoral, a qual muitos interesses, sobretudo de agentes públicos, se difundem entre a gestão e a eleição. 


Um primeiro desafio logo para esse início de ano será a necessidade de promover uma REFORMA ADMINISTRATIVA, substituindo algumas peças que estão conectadas apenas às eleições, sejam as que passaram ou as que estão por vir, delineamento das necessidades e prioridades dos serviços públicos, como a criação de secretarias próprias que merecem independência e protagonismo, inclusive visando receber recursos do governo federal, e por último, porém não menos importante, a inserção de novos valores no corpo administrativo da prefeitura, agregando experiências, valores e trabalho. Tudo isso deve ser bem ajustado ao orçamento, pois por mais que Macaé possua cifras bilionárias, tivemos péssimos exemplos de gerenciamento por parte das gestões anteriores, que criavam cargos, distribuíam assessorias, delegavam contratos, mas nunca planejaram o futuro de forma técnica, mensurando receitas e despesas, equilíbrio fiscal e orçamentário, tampouco sustentabilidade socioeconômica.


Dessa forma, a expectativa desse início de ano, estará na Reforma Administrativa, que precisará passar pelo crivo dos vereadores, testando mais uma vez a capacidade de diálogo do prefeito Welberth Rezende com o legislativo, e a descentralização dos poderes, ou melhor, dos serviços que precisam permitir o acesso da população e a inclusão de Macaé na rota do desenvolvimento econômico aliado à justiça social.


Começamos um novo ano, ou talvez tenhamos apenas mais três anos para que Macaé possa ser ajustada a nova realidade, um novo tempo, a qual a palavra transparência não seja banalizada como foi no passado, e disputas eleitorais não prejudiquem o interesse coletivo imersos em interesses privados. A Macaé do futuro precisa depender cada vez menos do poder público e nossos recursos precisam ser valorizados e dignificados, porque assim como o petróleo é um bem finito, os royalties também se esgotarão um dia, e o legado precisa ser planejado já.